quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Segunda parte da 305° Reunião de Conselho

Parte II
Reinaldo segue falando que até que se prove o contrário Geraldo Nogueira e Cláudio Queiróz são inocentes, e que ele é honesto e não admite ser chamado de corrupto.
Reinaldo: “Temos que tirar essa discussão do nível pessoal. Não vamos mudar a personalidade de ninguém”.
Diálogo entre Buson e Flósculo
Buson: “Eu já vi em ocasiões públicas você falando que a pós não deixou você entrar. Estou tentando me credenciar e vi as regras e como agora que vi seu currículo, vi que não dá. Isso não é uma perseguição pessoal, e você alardeou isso por ai. Sem trazer os fatos”.
Flósculo: “Isso é uma outra questão. A relatora apresentou um parecer favorável e a banca foi contra o parecer”[...] “Eu sei que quando eu critico serei criticado, mas eu coloco de volta pra você uma força de trabalho que tem contribuído pra universidade” [...] “Denunciei também você por ter fechado o corredor do subsolo, o que é um problema para a segurança”.
“Foi aprovado Fred. E porque você não me falou isso? Eu nem teria mandado pra reitoria. Eu vou tirar aquela parede amanhã. Faltou diálogo da sua parte”.
Fala Carpintero:
“Houve coisas engraçadas nessa reunião” [...] “Todo mundo aqui se reportou ao observador, a falta de diálogo existe e não só por parte do Flósculo” [...] “Em 1968 essa escola foi fechada e só foi reaberta por causa do AI 5” [...] “Pouco antes do fechamento foi empossado reitor o Capitão-de-mar-e-guerra Azevedo” [...] “Em 1973 foi criada uma pós graduação e um dos professores não tinha titulação” [...] “Em 1993 esse professor do mestrado se inscreveu no programa de pós graduação e a mulher dele estava na banca” [...] “Escrevi uma carta ao professor apelando à ética, mas ele respondeu que ética não se discute” [...] “Não é de 1994 que isso que você fala começa. É de antes” [...] “A falta de diálogo e o favorecimento e um determinado grupo político vem de antes” [...] “Gostaria de levantar esse caso, [entre muitos] que acho que devem ser investigados não para a punição, mas para ‘restaurar a verdade’. De todos os fatos na história da faculdade”.
Fala Rodrigo:
 “Não estava presente nessa reunião pois não tinha atribuição administrativa” [...] “Estou nessa faculdade há dois anos e todos sabem que foi polêmica minha entrada aqui. Esse concurso quase foi por duas vezes cancelado” [...] “Numa Assembléia eu disse: Eu não vim aqui pra brigar com ninguém” [...] “Minha chegada à vice-coordenação da pós se deve também a minha posição política, não do confronto, mas da construção”
Rodrigo relembra Plenária da FAU onde foi chamado de mentiroso por Flósculo. Fala do fato onde Flósculo diz que eles precisam conversar e ele diz que não quer conversar. Flósculo reagiu gritando e falou que amaldiçoada a hora que defendeu sua entrada. Diz que entrou porque obteve 10 de uma banca por unanimidade. E relata que o dia desse encontro no corredor ficou abalado a ponto de não conseguir dar aula.
“Procurei saber sobre seu pedido de credenciamento na pós. O que soube é que existe um processo quantitativo, onde produção em jornal não conta. Eu escrevo muito pra jornal, também sou crítico, critiquei muito o Palocci”. [...] “A Cláudia entendeu que quantitativamente  você seria aceito, mas os membros tem direito, de valorar diferenciadamente o currículo” [...] “Não estou vendo nenhum tipo de coercimento a ninguém na pós e se ver vou me opor” [...] “É uma produção que deve ser construída no campo das idéias” [...] “Você tem que continuar numa linha crítica, mas não diretamente a nós”.
Fala Observador da Comissão de Ética:
“Não tinha certeza como deveria proceder nessa reunião. Não estava na reunião da comissão de ética que decidiu por essa alternativa do observador externo” [...] “Fui escolhido por desenvolver pesquisa sobre conflitos e por ter sido mediador de conflitos” [...] “Para ter conflito basta ter duas pessoas.Nem sempre o conflito cresce, mas ele sempre existe” [...] “Não temos no âmbito da comissão uma prática da mediação.A forma como está colocada a comissão não permite que ela tenha uma visão mais ampla do problema. Nem o encaminhamento produz uma melhora no problema” [...] “A censura não é publica e não há perda material fora atraso na progressão funcional” [...] “Não há como medir o insulto” [...] “Acho que temos duas opções grandes: Esse conselho encontra um caminho para conversar, como hoje, para lidar com essas questões daqui pra frente que sejam considerados razoáveis, e abdique do auxilio da comissão de ética. A lei define possibilidades limitadas, onde o melhor encaminhamento muitas vezes seria outro. Se vocês não puderem resolver internamente, a comissão terá que resolver no âmbito do que lhe é possível fazer” [...] “Não tenho autonomia para mediar esse diálogo, mas como comissão gostaríamos de um sinal de que isso é possível. Poderia falar algumas coisas em off. Uma das dificuldades nesse tipo de agressão é que você só sabe que agrediu se o outro disser que foi agredido” [...] “A comissão só define se é caso pra censura ou não, e em nenhum dos casos há um impacto positivo”.
O observador propõe que haja uma rediscussão e se encontre um caminho que não seja o da censura.
“Lamento a universidade não ter mecanismos institucionais para intervir de maneira efetiva nesse tipo de conflito” [...] “O que aconteceu foi positivo, mas pouco organizado”.
Andrey fala que o conselho vai discutir isso com carinho.
Flósculo fala que a comissão foi sábia por propor a discussão.
O sol entra na sala do conselho. Há caras de desânimo ou cansaço.
Flósculo fala de outro caso de Geraldo Nogueira sobre progressão de um professor. Relembra um caso sobre a ampliação do HUB em que um diretor da FAU lhe disse: “Frederico, você pode ter competência, você não tem o poder”. [...] “Eu valorizo a mente inquieta. Vivemos um tempo de conformismo”.
Observador: “É importante tomar cuidado com a maneira como falamos as coisas”.
Carpintero: “É importante ouvir a parte. Pra mim resolveu, temos que ver com o desenrolar. A forma como são escritas as atas só falam das resoluções. A exclusão das pessoas gera uma reação, às vezes agressiva”.
Cláudia: “É um momento histórico de sentar e tratar um problema político”.
Observador: “Não pode haver avanço se você não reconhecer que se excedeu. Houve excesso na forma” [...] “Se houver uma disponibilidade de retirar as demandas...”.
Flósculo: “Da minha parte há”.
Buson: “Não foi uma decisão particular, não sei se seria o caso. De retirar a demanda sem saber se as coisas estão esclarecidas”.
Flósculo: “Acato e asseguro”.
A reunião foi encerrada às 18h10.

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