segunda-feira, 21 de março de 2011

Somos Menos do que Baratas?

Carta Aberta do CAVIS à Comunidade Universitária

No ano passado, um grupo de estudantes de artes visuais ocupou uma sala vazia no ICC centro, no chamado corredor da morte. Desde então a sala tem sido utilizada pelos estudantes do curso.
Na segunda-feira da semana passada, o CEPLAN entrou em contato com o CAVIS. Convidaram-nos para uma reunião na terça-feira para nos apresentar uma proposta de realocação do CA. Estiverem presentes na reunião representantes do CA e do DCE, além de representantes do CEPLAN, da Prefeitura e da Reitoria.
A administração da Universidade quer reformar o corredor e nos apresentaram uma proposta de mudança. Mudaríamos-nos, junto com o CADIn e o CATU, para um espaço do subsolo próximo ao corredor da morte, uma área do antigo IB. A área seria reformada, com uma área de convivência e uma sala de reuniões (ou estudos) em comum,e uma sala de 20m² para cada CA. As plantas do local (como está e como ficaria) podem ser vistas nas imagens.
Como queriam fazer a reforma do corredor ainda essa semana, sugeriram que nos mudássemos para a área como ela está hoje e, ao fim da reforma do corredor da morte, o local seria adaptado para ficar como no projeto. Entre várias coisas nos ofereceram pontos de internet, ventiladores e etc.
Nós achamos a proposta uma boa proposta e pedimos para ver o espaço. Ficamos de terça-feira até sexta-feira tentando conseguir acesso. A sala estava trancada e seria necessário que um chaveiro viesse trocar a fechadura. Depois de muitos problemas de comunicação entre o CEPLAN, a prefeitura e nós (falta de ordem de serviço, etc), conseguimos que um chaveiro viesse, na sexta de manhã, abrir a sala. O Corredor da morte já estava com grades e uma parede, as primeiras preparações para a reforma. Qual não foi a nossa surpresa quando a sala foi aberta.
 Ao abrir a porta, a primeira coisa que sentimos foi o cheiro, muito forte. Entrando lá nos deparamos com um ambiente deplorável. Além da quantidade absurda de poeira e mofo nas paredes e no chão, o número de equipamentos e mobiliário abandonado era grande. Várias cadeiras e mesas, algumas quebradas, mofadas e todas cheias de poeira. O mais impressionante era a quantidade de equipamentos, vários monitores, CPU’s e vários equipamentos de laboratório. O espaço total é o dobro daquele destinado aos CA’s, a outra metade seria destinada ao departamento de Desenho Industrial.
Fomos seguindo pelas salas, passando de uma a outra e vendo todo o espaço. Vários recipientes com produtos químicos. Quebrados, no chão, restos de tubos e outros materiais. Em uma sala, um aviso “Risco Biológico – Proibida a Entrada de Pessoas Não-Autorizadas”. Em uma grande máquina nessa sala havia uma travessa de vidro com um conteúdo verde e aquoso. Não fazíamos idéia do que era (não somos biólogos), mas nos pareceu alguma espécie de cultura. Impressionou o número de máquinas, algumas bem grandes, todas parecendo ainda funcionar. Ao abrirmos uma sala fechada nos deparamos com um grande número de baratas mortas. Impossível evitar a ironia da situação...
Essas palavras e as fotos tiradas (que não puderam ser muitas, a câmera estava sem espaço) não são capazes de retratar com fidelidade a real insalubridade do local. A situação é verdadeiramente revoltante. Além de demonstrar o descaso com os estudantes, mostra ainda a desorganização da administração frente às necessidades de infraestrutura dos cursos. O IB se mudou para o prédio novo em 2009, o que significa que o local está fechado há mais de um ano.
Durante esse período vários cursos passaram por problemas estruturais graves. Emblemático é o exemplo do Desenho Industrial, que até hoje não tem espaço físico na Universidade. Nos últimos semestres o curso tem passado por sérios problemas decorrentes da falta de espaço (lembrando que, semestre passado, boa parte das aulas obrigatórias do curso foram dadas na antiga sala do CA, que os estudantes haviam ocupado e cederam para o departamento do curso).
Vale lembrar que o único CA que entraram em contato fomos nós. O CADIn só está sabendo da proposta de mudança porque nós os avisamos. O corredor da morte já está com grandes e preparações para reforma e nenhum outro CA do local foi avisado. A administração teve bastante tempo no final do semestre passado, e durante o recesso, para entrar em contato com os CAs, fazer as reformas necessárias e organizar a mudança. Ao invés disso, nos avisam na última semana de recesso e já começam a preparar a reforma do corredor sem garantir condições básicas para os CAs se mudarem.
O CAVIS, por meio desta carta, manifesta sua revolta e indignação frente a essa situação. Nós não sairemos do corredor da morte, não enquanto não nos derem condições dignas para tal. Que reformem primeiro o local para onde querem nos mudar, adequando-o a vivência de pessoas, depois o corredor.

*Vejam as fotos (que infelizmente foram poucas) aqui: https://picasaweb.google.com/109928363189901427618/AntigaAreaDoIB#

quinta-feira, 17 de março de 2011

Uma semente de poesia

Equipe do 3° TODO

“Fecho os olhos e crio o horizonte todo à minha volta. Uma esfera que os meus vetores expandem me fazem enxergar para além de mim, lugares em que meu corpo não precisa estar para que eu seja universal. Se o céu me ensina a sonhar e trilhar caminhos com o pensamento, fecho os olhos e sei de um céu que me faz caminho, e desfolhando-me consigo voltar à origem, onde nós somos o todo.”

Darcy sonhou com uma universidade que transformasse a sociedade em um lugar onde houvesse espaço para a poesia. A concretização desse sonho passava pelo projeto do ICA – Instituto Central de Artes, que reunia os cursos relacionados a área de criação. O projeto do ICA foi interrompido durante os anos de repressão e não conseguiu concluir todos os seus objetivos. O encontro entre os centros acadêmicos do Instituto de Artes, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Faculdade de Comunicação fez ressurgir o espírito utópico da matriz de nossos cursos.

A sociedade ocidental presenciou o distanciamento entre o sensível e o racional, e isso também refletiu nas áreas de conhecimento, distanciando as produções de caráter poético daquelas de caráter científico. A exaltação da ciência na modernidade foi feita em detrimento da sensibilidade, mas agora estamos no século XXI, e é na aproximação do conhecimento com o sensível que encontramos a sustentabilidade; não só relacionada aos recursos naturais, mas também à cultura e ao sentimento.

No ano de 2011 os centros acadêmicos de Artes Visuais, Artes Cênicas, Música, Arquitetura e Urbanismo, Comunicação Social e Desenho Industrial realizarão o 3º TODO, a semana universitária de seus cursos. Nosso tema será “O TODO é mais que eu”: o triângulo gerado pela relação entre existência, coexistência e harmonia. Buscamos um resgate dessa sensibilidade, exaltando-a no cultivo de novos laços entre pessoas: alunos, professores, profissionais, autodidatas e poetas.

A universidade não é um espaço só de repasse de conhecimentos, mas também de criação de novos saberes em relação com a comunidade. A criação passa pelo sensível: é preciso sentir. O TODO busca a interconexão de nossos saberes gerados com os saberes populares num momento de comunhão da universidade com a sociedade.

Nós, estudantes, inspirados pelo desejo de uma sociedade sensível, apaixonada e que realiza seus projetos com amor, desenvolvemos o TODO.  Essa utopia, que faz parte do projeto da UnB, nos motiva a esse encontro.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Há males que vêm para o bem

Centro Acadêmico de Comunicação

Após o dia 14 de janeiro, o DFTV e o Bom dia DF veicularam seguidas matérias tratando das festas e do consumo de maconha no ambiente da Universidade de Brasília. A gestão do CACOM-UnB, considerou as reportagens, à época, um exercício de jornalismo sensacionalista, autoritário, unilateral e, além de tudo, pouco preocupado com a verdade factual.

Em nenhum momento a equipe do DFTV se prestou a conversar com algum estudante ou diretor dos Centros Acadêmicos para ouvir o que eles tinham a dizer. Não. É mais fácil transpor para a tela da televisão uma versão dos fatos com apenas um lado, e ainda por cima com várias incorreções.

Porém, como reza o dito popular, há males que vêm para o bem. No caso, o grande mal causado à imagem da Universidade e principalmente dos Centros Acadêmicos pelas reportagens do DFTV serviram para reavivar o debate sobre a utilização do espaço físico dos CA’s e também sobre o direito à comunicação no âmbito da universidade. Após as reportagens, surgiram vários espaços para debater esta última questão, desde o debate promovido pelo projeto SOS Imprensa até a audiência ocorrida entre a Secom e os Centros Acadêmicos.

Nós do CACOM estivemos presentes e intervindo em todas essas oportunidades. Esta conjuntura abriu caminho para que a UnB desempenhe, mais uma vez, um papel protagonista, ao avançar em questões que dificilmente são colocadas sequer colocadas no âmbito mais geral da sociedade. A concretização desses avanços se dará pela instituição de um meio Conselho de Leitores, paritário, no âmbito da Secom-UnB, que é o mais relevante meio de difusão de informação acerca do cotidiano da UnB*.

Enquanto estudantes de comunicação, sabemos que há uma série de questões urgentes envolvendo a prática social da comunicação em nosso país. Elas vão desde a concentração da propriedade dos meios, passam pela criminalização recorrente dos movimentos sociais nas diferentes mídias, atingem a questão da desregulamentação e da precarização do trabalho dos comunicadores.

Mais do que outras questões urgentes de nossa sociedade, essas são deliberadamente escamoteadas do público em geral. E o são por que não há nenhum interesse, da parte dos poucos e vastos grupos empresariais que controlam os grandes meios de difusão de informações, em expô-las.

É preciso perceber que todas as questões urgentes de nosso tempo e de nosso país passam pela questão do autoritarismo na distribuição de informações. Exemplificando: no dia 20 de janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou o processo que corria contra vinte integrantes do MST, acusados de atos de depredação em uma fazenda da empresa Cutrale, no interior de São Paulo, em 2009. A decisão foi tomada com base na falta de consistência  da denúncia, que não obedecia a todos os critérios da lei. A repercussão midiática dessa decisão judicial foi pífia em relação ao espetáculo promovido pela mídia impressa e televisiva de nosso país na ocasião da ocupação da fazenda da Cutrale pelo MST.

Embora o oligopólio empresarial do espectro eletromagnético, utilizado pelas empresas de radiodifusão (TV e Rádio), seja uma questão muito menos tangível que o oligopólio da terra agricultável, é preciso perceber que estas duas situações, geradoras de exclusão social, estão intimamente ligadas. Combater uma é combater a outra.
E o que nós, da universidade, temos a ver com isso?

Em um volume intitulado Testemunho, datando de 1990, Darcy Ribeiro deita algumas linhas sobre sua Universidade. Ele nos conta que a UnB fora estruturada, em seu projeto, de forma que se permitisse “constituir um verdadeiro Campus Universitário onde alunos e professores convivessem numa comunidade efetivamente comunicada tanto pelo co-governo de si mesma, como pela integração dos estudos curriculares com amplos programas de atividades sociais, políticas e culturais”. Darcy sonhou a UnB como o lugar onde a comunidade acadêmica – toda ela: estudantes, professores e trabalhadores – desempenhassem um papel na tomada de decisões. Uma universidade efetivamente autônoma, que teria desempenharia papel crucial na difusão da cultura e do saber em nosso país.

É dentro desta proposta, de construção coletiva, que nós do CACOM iniciamos a discussão sobre a criação do Conselho de Leitores na Secretaria de Comunicação da Universidade.

A UnB, mais uma vez, deve ser protagonista no debate sobre o direito de expressão. Queremos, com o Conselho de Leitores, que se abram as portas desse importante meio de comunicação que é a Secom. Estudantes, servidores e professores, todos devemos ter voz e vez na hora de informar a sociedade e a própria universidade sobre aquilo que acontece por aqui. Democracia começa dentro de casa.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Kakay, advogado do poder, vai defender alunos da Arquitetura

Três estudantes são acusados de causar dano moral ao professor Neander Furtado. Kakay, que já advogou para Paulo Octávio e Daniel Dantas, vai assumir o caso de graça
Leonardo Echeverria - Da Secretaria de Comunicação da UnB


Um dos mais famosos – e caros – advogados do Brasil, Carlos Almeida Castro, o Kakay, vai assumir a defesa de três alunos da Faculdade de Arquitetura que estão sendo processados em R$ 20 mil pelo professor Neander Furtado. O processo alega danos morais causados ao professor em manifestações dos alunos, que discordavam da metodologia de ensino usada na disciplina Projeto de Arquitetura 2.

Kakay, ex-aluno da Faculdade de Direito da UnB, afirma que vai fazer a defesa de graça para os alunos. "É uma honra pegar esse caso, em defesa da liberdade de expressão e da democracia", disse em entrevista à UnB Agência. "Mal acreditei no que li no processo. Os estudantes não tiveram o intuito de ofender ninguém, eles estavam exercendo seu direito de crítica respeitosa".

O advogado já defendeu políticos importantes envolvidos em grandes escândalos, como o ex-governador Paulo Octávio, no caso do mensalão do DEM, e Roseana Sarney, na época em que a Polícia Federal encontrou R$ 1,3 milhão em espécie e não-declarados, na sede da empresa Lunus, em São Luís, de propriedade de seu marido, Jorge Murad. Também já advogou para o ex-vice-presidente Marco Maciel e para o ex-ministro da Educação Paulo Renato, entre outros. É amigo de políticos como Lula e José Dirceu. Kakay teve conhecimento do caso na UnB por meio de seu filho, também estudante de Arquitetura.

Na ação que o professor Neander move contra Luiz Eduardo Araújo, Mariana Bomtempo e Lívia Brandão está prevista uma audiência de conciliação no próximo dia 23. Neander diz que não quer dinheiro e aceita uma retratação por escrito dos estudantes. "Nunca quis dinheiro, o que eu quero é restaurar a tranquilidade em sala de aula", afirma.

Segundo o professor, ele só entrou com o processo porque a comissão designada pela FAU para investigar o caso não deu resultado. Ele acredita que o correto seria o reitor instaurar um processo administrativo contra os alunos. "Ir à Justiça foi minha última alternativa", diz.

O motivo do processo foram duas cartas enviadas ao Conselho da FAU, no ano de 2008, criticando a metodologia adotada em sala de aula, e um protesto no Ateliê com carteiras e mesas empilhadas. "O objetivo era cercear minha autonomia intelectual como professor", afirma. "Eu estava usando métodos modernos, usados em outros países, mas muitos preferiam continuar fazendo projetos com lápis e papel".

Kakay diz que não aceitará qualquer proposta de conciliação. "Quero que a Justiça ateste que esses estudantes não fizeram nada de errado", afirma. Ele conta que, em sua época de estudante, em plena ditadura, escreveu vários artigos "virulentos" contra o então reitor José Carlos Azevedo, capitão de mar e guerra, e nunca foi processado. "Faço isso inclusive em nome da autonomia universitária. Esse pode ser um processo exemplar".

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quem tem medo dos estudantes da UnB?

Prof. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB



Mal é finalizado o Segundo Semestre de 2010 (nesta sexta semana de 2011), e uma estranha contabilidade começa a tomar forma na Universidade de Brasília. Nunca, na história dessa Universidade, tantos estudantes estiveram sob processos judiciais, todos advindos de autoridades universitárias, sob os mais diversos pretextos.

Um sólido bloco desses processos criminais tem evidente natureza política e, simultaneamente, acadêmica: são processos movidos por professores que se viram alvo de críticas mais ou menos explícitas (e pode-se dizer que algumas dessas críticas são MAIS que explícitas) dos estudantes, com fundamento em sua profunda, irrecusável insatisfação com relação ao desempenho acadêmico desses professores e professoras. Esses professores alegam danos morais. Mas têm moral para alegar esses danos?

Esse fenômeno – a eclosão sistemática de processos criminais contra alunos que protestam contra o desempenho de professores – merece o melhor exame da Universidade de Brasília, assim como da comunidade de pais e mestres, especialmente aqueles que ainda não foram denunciados pelos alunos como professores com fraco desempenho. Contudo, esse é assunto tabu na Universidade, que prefere ver a Justiça comum resolver aquilo que a própria UnB deveria resolver: algo que envolve diálogo, critérios acadêmicos e administrativos, e o mais honesto desejo de formar uma geração que sempre cobre da Universidade Pública e do Estado, o ensino de qualidade pelo qual todos nós pagamos. Os professores devem aprender a serem cobrados, e a prestar contas de seu trabalho.

Deixo uma coisa clara: estou do lado dos estudantes, nessa guerra judicial. Nossas Universidades Públicas não têm um “PROCON”, e meus colegas professores têm-se mostrado arrogantes, autocratas, ditatoriais, e realmente protegem os colegas menos preparados, menos dispostos e aptos a um trabalho docente bem qualificado. Os melhores professores protegem, por profundas razões corporativas, os piores professores. Quem paga a conta do corporativismo? Os estudantes e, em última instância, a sociedade brasileira.

A onda de processos criminais contra estudantes que protestam contra os maus ou medíocres ou negligentes professores já atingiu uma tal altura, um tal volume, que uma tribuna pública deve ser usada para apelar ao próprio Reitor da UnB: Aja a favor do diálogo, e ouça os estudantes. Eles merecem uma avaliação dos docentes que seja impessoal e efetiva, e que os livrem da dolorosa tarefa do protesto contra as clamorosas deficiências da Universidade. Protestar não é crime, e não atentar para os protestos causa a revolta estudantil - e é mau ensino, lição de péssima qualidade.

Brasília, 7 de fevereiro de 2011.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Calouros do Vestibular

Dos 70 calouros deste semestre 10 passaram no PAS e Vestibular simultaneamente, signifuca que teremos segunda chamada! Parabéns aos calouros do Vestibular!

10009288 Alexandre Benso de Lima Tavolucci Arquitetura e Urbanismo
10020890 Ana Clara Goncalves Pamplona Arquitetura e Urbanismo  (2)
10014420 Ana Luisa Lauxen Scalia Arquitetura e Urbanismo (2)
10012785 Andrea Costa de Lucena Arquitetura e Urbanismo
10012002 Caio Monteiro Damasceno Arquitetura e Urbanismo (2)
10007593 Caroline Jung Correa e Castro Arquitetura e Urbanismo
10028007 Felipe Augusto Assis Rocha Marcelino Arquitetura e Urbanismo
10010738 Fernanda Graciano dos Santos Arquitetura e Urbanismo
10023620 Gabriela Ferreira Santos Arquitetura e Urbanismo
10032490 Helena Muniz Bokos Arquitetura e Urbanismo (2)
10011648 Julia Rabelo Rodrigues Arquitetura e Urbanismo
10002541 Juliano Verissimo Alves da Rocha Arquitetura e Urbanismo (2)
10004679 Luiza Antunes Machado Camelo Arquitetura e Urbanismo
10005195 Maira Boratto Xavier Viana Arquitetura e Urbanismo (2)
10021962 Manuela Maciel Trezze Arquitetura e Urbanismo
10005872 Mariana Figueiredo Sobral Torres Arquitetura e Urbanismo
10012269 Matheus Augusto de Oliveira Carvalho Arquitetura e Urbanismo (2)
10011651 Paula Maria Rezende Souza Santana Arquitetura e Urbanismo
10004274 Victor Cesar Rocha Ribeiro Arquitetura e Urbanismo
10012329 Vitoria Rosa Santos Afonso Arquitetura e Urbanismo


10024928 Andre Sette Rossi Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10002743 Camila Rocha Coelho Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10016076 Camilla Ribeiro de Abreu Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10019466 Esther Birenbaum Arquitetura e Urbanismo . Noturno (2)
10011551 Halina Rodrigues de Oliveira Miranda Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10007965 Jessica Ferreira de Souza Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10030061 Jessica Schmitt Pereira Arquitetura e Urbanismo . Noturno (2)
10020526 Julia Gasparini Vidal Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10032699 Laio Goncalves de Seixas Arquitetura e Urbanismo . Noturno (2)
10018606 Leisa Alves Santos Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10036459 Natalia Nunes Castanheira Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10019171 Nayara Frutuoso Furtado Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10020832 Pedro Dias Boa Sorte Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10009103 Rafael Nadler Dayrell Arquitetura e Urbanismo . Noturno
10003869 Rafael Pereira Lima Arquitetura e Urbanismo . Noturno

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Manifesto do CAFAU pela Liberdade de Expressão na Universidade

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Eduardo Galeano

“Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”
Mário Quintana

A Universidade se constrói a partir de utopias e caminhada. A UnB foi criada como utopia. Imaginada como espaço de trocas de conhecimento e transformação. Ao longo de seus quase 50 anos, a UnB passou por caminhos tortuosos, obscuros, mas permaneceu de pé, sempre alimentada pela utopia de transformar o Brasil em um país mais justo e igualitário. Hoje vivemos um momento de profundas transformações na Universidade, que por um lado, caminha para uma maior democratização do acesso e requalificação de seus espaços mas por outro lado convive com o câncer da repressão a seus estudantes.
1968: A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo foi fechada por estudantes que exigiam melhores condições de ensino. O lema era: “Queremos formação e não formatura”.
2011: Três estudantes da UnB, ex-membros do CAFAU, são processados judicialmente por haverem no ano anterior protestado com a montagem de uma instalação artística, contra a metodologia de ensino adotada em uma disciplina. O lema parece ser: “Vocês vão ter que engolir”.
Este é o primeiro processo movido contra estudantes por realizarem ato político desde a ditadura militar de 1964-1985. É impossível para nós por meio deste documento expressar a profundidade de nossa indignação diante desta atitude arbitrária contra a liberdade de expressão dos estudantes. É uma ofensa aos Direitos Fundamentais garantidos pela Constituição Federal e à comunidade universitária.
É direito de qualquer cidadão apresentar críticas que visem à melhora de um serviço público. Nesse caso a crítica veio com arte, e a resposta dada foi absolutamente desproporcional, visto que além de despropositada na forma, demonstra uma tentativa de dividir o movimento estudantil, processando indivíduos e não o coletivo, representado pelo CAFAU. Consta ainda na lista de absurdos o fato de que as câmeras de segurança da Universidade foram utilizadas para a identificação dos autores da intervenção artística, desvirtuando completamente o sentido do sistema de vigilância. Algo que deveria ser utilizado com a finalidade de proteger os estudantes é utilizado para reprimi-los.
Darcy nos ensinou que “numa Universidade tudo é discutível”, inclusive os mecanismos utilizados para a troca do conhecimento, é papel dos estudantes promover o debate que gere a melhora contínua do ensino, da pesquisa e da extensão. Darcy também ensina que não devemos nos resignar, e nesse sentido, aprendendo com mestre, não vamos nos calar diante das injustiças. Nossa utopia hoje é transformar esta Universidade em um espaço de diálogo franco, onde ninguém seja reprimido por manifestar uma opinião que busque o aperfeiçoamento das coisas, e não pretendemos deixar sequer um dia de caminhar até esse ideal.

Brasília, cidade nascida da utopia, 02 de fevereiro de 2011.
CAFAU

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Calendário das Eleições para Diretor da FAU

PRIMEIRA COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO SUPERVISORA DA CONSULTA PARA A ESCOLHA DOS DIRETOR E VICE-DIRETOR DA FAUUNB:

A Comissão constituída pelos professores Frederico Flósculo Pinheiro Barreto (PRO); Carlos Eduardo Luna de Melo (TEC); Pedro Paulo Palazzo de Almeida (THA); pelos técnicos-administrativos Soemes Barbosa de Sousa; Marcos Gabriel de Moura Xavier; João de Souza Borges; e os estudantes Luiz Felipe Oliveira (graduação); Abel Teixeira Escovedo (Graduação); Éderson Oliveira Teixeira (pós-graduação), comunica o início do cumprimento do Calendário Eleitoral relativo à Consulta à Comunidade da FAUUnB sobre os futuros ocupantes dos cargos de Diretor e Vice-Diretor.
Esse Calendário é pontificado pelas seguintes datas, aprovadas pelo Conselho da FAUUnB em sua reunião ordinária de 27 de janeiro de 2011:

CALENDÁRIO GERAL DA CONSULTA

31/01/2011 -  Divulgação dos professores elegíveis;
07/02/2011 -  Início do Prazo de Inscrições das chapas; 18/03/2011 - Fim do Prazo de Inscrições de chapas;
21/03/2011 - (Caso haja pelo menos uma chapa) Reunião da CSC com as chapas homologadas;
21/03/2011 - Início da Campanha Eleitoral;

04/04/2011 - Fim da Campanha Eleitoral
06 e 07/04/2011 - Dois Dias de Votação;
07/04/2011 - Apuração e divulgação do resultado;
08/04/2011 - (Caso haja recursos) Prazo final para resposta da CSC aos recursos interpostos na forma do Artigo 25;
11/04/2011 - (Caso haja recursos) Prazo final para interposição de recursos junto ao Conselho da FAUUnB;
13/04/2011 - (Caso haja recursos) Prazo final para resposta do Conselho da FAUUnB aos recursos interpostos;
15/04/2011 - Homologação do resultado da consulta pelo Conselho da FAUUnB;
18/04/2011 - Envio do processo de consulta à comunidade (final) ao Gabinete do Reitor pelo Conselho da FAUUnB.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Lista de aprovados no PAS Subprograma 2008

Aee gente os nossos calourinhos. Parabéns a todos!

DIURNO

08132634 - Ana Clara Goncalves Pamplona - Arquitetura e Urbanismo
08118868 - Ana Luisa Lauxen Scalia - Arquitetura e Urbanismo
08123695 - Anna Carollina Queiroz Palmeira - Arquitetura e Urbanismo
08138440 - Caio Monteiro Damasceno - Arquitetura e Urbanismo
08117282 - Helena Muniz Bokos - Arquitetura e Urbanismo
08105445 - Helena Vinueza Hofmann - Arquitetura e Urbanismo
08131863 - Juliano Verissimo Alves da Rocha - Arquitetura e Urbanismo
08124486 - Larissa Martins Barros - Arquitetura e Urbanismo
08129828 - Maiara Bezerra da Luz - Arquitetura e Urbanismo
08112937 - Maira Boratto Xavier Viana - Arquitetura e Urbanismo
08148566 - Maria Gabriela Nascimento - Arquitetura e Urbanismo
08118007 - Marina Medeiros de Oliveira - Arquitetura e Urbanismo
08154151 - Matheus Augusto de Oliveira Carvalho - Arquitetura e Urbanismo
08104238 - Natalia Fernandes Araujo - Arquitetura e Urbanismo
08138670 - Natalia Maria Brasil de Carvalho - Arquitetura e Urbanismo
08128313 - Rafaela Gravia Pimenta - Arquitetura e Urbanismo
08127526 - Raissa Monteiro Pimentel de Alencar - Arquitetura e Urbanismo
08145389 - Renan Davis - Arquitetura e Urbanismo
08109406 - Tamara Cortez Grippe - Arquitetura e Urbanismo
08160420 - Thiago de Lima Freire - Arquitetura e Urbanismo

NOTURNO

08139031 - Ana Cristina Azevedo da Silva - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08111966 - Carolina Mignon de Oliveira - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08138713 - Daniela Aires Bezerra - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08122690 - Esther Birenbaum - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08148309 - Giovani Veras Fantinati - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08120015 - Heloisa Ferreira Reis Valenca de Melo - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08106183 - Jessica Schmitt Pereira - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08154161 - Laio Goncalves de Seixas - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08174401 - Lucas Bandeira Calixto - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08103192 - Luiza Rego Dias Coelho - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08129713 - Marcus Vinicius de Carvalho Rocha - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08136631 - Mariana Sherman Palmer Pimentel - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08102164 - Sophia Dias Rabelo - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08138318 - Tharla Ferreira de Melo - Arquitetura e Urbanismo . Noturno
08134365 - Vitor Ramos de Quadros - Arquitetura e Urbanismo . Noturno

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Segunda parte da 305° Reunião de Conselho

Parte II
Reinaldo segue falando que até que se prove o contrário Geraldo Nogueira e Cláudio Queiróz são inocentes, e que ele é honesto e não admite ser chamado de corrupto.
Reinaldo: “Temos que tirar essa discussão do nível pessoal. Não vamos mudar a personalidade de ninguém”.
Diálogo entre Buson e Flósculo
Buson: “Eu já vi em ocasiões públicas você falando que a pós não deixou você entrar. Estou tentando me credenciar e vi as regras e como agora que vi seu currículo, vi que não dá. Isso não é uma perseguição pessoal, e você alardeou isso por ai. Sem trazer os fatos”.
Flósculo: “Isso é uma outra questão. A relatora apresentou um parecer favorável e a banca foi contra o parecer”[...] “Eu sei que quando eu critico serei criticado, mas eu coloco de volta pra você uma força de trabalho que tem contribuído pra universidade” [...] “Denunciei também você por ter fechado o corredor do subsolo, o que é um problema para a segurança”.
“Foi aprovado Fred. E porque você não me falou isso? Eu nem teria mandado pra reitoria. Eu vou tirar aquela parede amanhã. Faltou diálogo da sua parte”.
Fala Carpintero:
“Houve coisas engraçadas nessa reunião” [...] “Todo mundo aqui se reportou ao observador, a falta de diálogo existe e não só por parte do Flósculo” [...] “Em 1968 essa escola foi fechada e só foi reaberta por causa do AI 5” [...] “Pouco antes do fechamento foi empossado reitor o Capitão-de-mar-e-guerra Azevedo” [...] “Em 1973 foi criada uma pós graduação e um dos professores não tinha titulação” [...] “Em 1993 esse professor do mestrado se inscreveu no programa de pós graduação e a mulher dele estava na banca” [...] “Escrevi uma carta ao professor apelando à ética, mas ele respondeu que ética não se discute” [...] “Não é de 1994 que isso que você fala começa. É de antes” [...] “A falta de diálogo e o favorecimento e um determinado grupo político vem de antes” [...] “Gostaria de levantar esse caso, [entre muitos] que acho que devem ser investigados não para a punição, mas para ‘restaurar a verdade’. De todos os fatos na história da faculdade”.
Fala Rodrigo:
 “Não estava presente nessa reunião pois não tinha atribuição administrativa” [...] “Estou nessa faculdade há dois anos e todos sabem que foi polêmica minha entrada aqui. Esse concurso quase foi por duas vezes cancelado” [...] “Numa Assembléia eu disse: Eu não vim aqui pra brigar com ninguém” [...] “Minha chegada à vice-coordenação da pós se deve também a minha posição política, não do confronto, mas da construção”
Rodrigo relembra Plenária da FAU onde foi chamado de mentiroso por Flósculo. Fala do fato onde Flósculo diz que eles precisam conversar e ele diz que não quer conversar. Flósculo reagiu gritando e falou que amaldiçoada a hora que defendeu sua entrada. Diz que entrou porque obteve 10 de uma banca por unanimidade. E relata que o dia desse encontro no corredor ficou abalado a ponto de não conseguir dar aula.
“Procurei saber sobre seu pedido de credenciamento na pós. O que soube é que existe um processo quantitativo, onde produção em jornal não conta. Eu escrevo muito pra jornal, também sou crítico, critiquei muito o Palocci”. [...] “A Cláudia entendeu que quantitativamente  você seria aceito, mas os membros tem direito, de valorar diferenciadamente o currículo” [...] “Não estou vendo nenhum tipo de coercimento a ninguém na pós e se ver vou me opor” [...] “É uma produção que deve ser construída no campo das idéias” [...] “Você tem que continuar numa linha crítica, mas não diretamente a nós”.
Fala Observador da Comissão de Ética:
“Não tinha certeza como deveria proceder nessa reunião. Não estava na reunião da comissão de ética que decidiu por essa alternativa do observador externo” [...] “Fui escolhido por desenvolver pesquisa sobre conflitos e por ter sido mediador de conflitos” [...] “Para ter conflito basta ter duas pessoas.Nem sempre o conflito cresce, mas ele sempre existe” [...] “Não temos no âmbito da comissão uma prática da mediação.A forma como está colocada a comissão não permite que ela tenha uma visão mais ampla do problema. Nem o encaminhamento produz uma melhora no problema” [...] “A censura não é publica e não há perda material fora atraso na progressão funcional” [...] “Não há como medir o insulto” [...] “Acho que temos duas opções grandes: Esse conselho encontra um caminho para conversar, como hoje, para lidar com essas questões daqui pra frente que sejam considerados razoáveis, e abdique do auxilio da comissão de ética. A lei define possibilidades limitadas, onde o melhor encaminhamento muitas vezes seria outro. Se vocês não puderem resolver internamente, a comissão terá que resolver no âmbito do que lhe é possível fazer” [...] “Não tenho autonomia para mediar esse diálogo, mas como comissão gostaríamos de um sinal de que isso é possível. Poderia falar algumas coisas em off. Uma das dificuldades nesse tipo de agressão é que você só sabe que agrediu se o outro disser que foi agredido” [...] “A comissão só define se é caso pra censura ou não, e em nenhum dos casos há um impacto positivo”.
O observador propõe que haja uma rediscussão e se encontre um caminho que não seja o da censura.
“Lamento a universidade não ter mecanismos institucionais para intervir de maneira efetiva nesse tipo de conflito” [...] “O que aconteceu foi positivo, mas pouco organizado”.
Andrey fala que o conselho vai discutir isso com carinho.
Flósculo fala que a comissão foi sábia por propor a discussão.
O sol entra na sala do conselho. Há caras de desânimo ou cansaço.
Flósculo fala de outro caso de Geraldo Nogueira sobre progressão de um professor. Relembra um caso sobre a ampliação do HUB em que um diretor da FAU lhe disse: “Frederico, você pode ter competência, você não tem o poder”. [...] “Eu valorizo a mente inquieta. Vivemos um tempo de conformismo”.
Observador: “É importante tomar cuidado com a maneira como falamos as coisas”.
Carpintero: “É importante ouvir a parte. Pra mim resolveu, temos que ver com o desenrolar. A forma como são escritas as atas só falam das resoluções. A exclusão das pessoas gera uma reação, às vezes agressiva”.
Cláudia: “É um momento histórico de sentar e tratar um problema político”.
Observador: “Não pode haver avanço se você não reconhecer que se excedeu. Houve excesso na forma” [...] “Se houver uma disponibilidade de retirar as demandas...”.
Flósculo: “Da minha parte há”.
Buson: “Não foi uma decisão particular, não sei se seria o caso. De retirar a demanda sem saber se as coisas estão esclarecidas”.
Flósculo: “Acato e asseguro”.
A reunião foi encerrada às 18h10.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nota do CAFAU sobre o fim do trote sujo na Faculdade de Arquitetura

Visto que a empolgação dos calouros com o trote tem diminuido progressivamente, o que culminou com a não realização deste no semestre corrente, o CAFAU entendeu que a tradição havia se encerrado. Como forma de manter o espírito integrador e lúdico da recepção de calouros, o CAFAU procurou as turmas diretamente interessadas (primeiro e segundo semestre) para se discutirem alternativas ao trote sujo.
As atividades propostas até o momento envolvem desde "pizzadas" até ações de intervenção urbana. O pré-trote, evento de apresentação dos calouros para a faculdade, deverá ser mantido e fortalecido. Contamos com o apoio de toda a comunidade da FAU para concretização dessas ideias.

Atenciosamente.
CAFAU

sábado, 22 de janeiro de 2011

Primeira parte da 305° Reunião de Conselho

Como foi uma longa reunião e optamos por fazer um relato detalhado, vamos fazer em duas partes, pra que ninguém canse de ler. Esse relato foi feito pelo representante do CAFAU no Conselho, Octávio Sousa.


Relato da 305° Reunião Extraordinária do Conselho das FAU.

Pauta única: Opiniões do professor Frederico Flósculo sobre a Ata 286, a pedido da Comissão de Ética da UnB.

A reunião iniciou por volta de 14h15 com a presença de dois observadores da Comissão de Ética, os conselheiros: Andrey Schlee, Cláudia Garcia, Maria Cecília, Antônio Carpintero, Reinaldo Guedes, Rodrigo Faria, Márcio Buson e Octávio Sousa do CAFAU, mais Zé Henrique e Erick Welson como ouvintes, além do professor Frederico Flósculo, que se manteve sentado fora da mesa aguardando o convite do presidente do Conselho. Andrey abre a reunião fazendo a leitura da solicitação da comissão de Ética para convocação da Reunião.

Flósculo fala que é um dia importante para ele na faculdade, diz que sua denúncia foi contra todos os membros do Conselho, e fala que tem faltado conduta correta na faculdade desde 1994. Segundo ele, a UnB carece de esclarecimentos fundamentais. Não se sabe se Timothy é culpado ou inocente. Sobre o texto, afirma que escreveu um artigo de opinião, e que o Conselho agiu com censura ao manifestar repúdio a um texto que ainda Não havia sido publicado. Fala de troca de correspondência com Syvia Ficher, que segundo ele, teria lhe enviado uma carta de teor ofensivo. Fez reconstituição dos fatos do período da publicação do artigo.

Trechos da fala de Flósculo:
 “Quando o Conselho aprova uma nota de repudio isso se chama censura. Ou esse cara está certo ou você tem problemas se não reage”. “Eu escrevo coisas pra provocar e sei receber de volta. Eu tenho prazer na polêmica”. “A faculdade não discute política”. “A história tem que ser contada por muitos pontos de vista”. “Espero que essa faculdade reaprenda, porque ela já foi muito boa. O clima da UnB era outro. Fico impressionado com a mudança de sinal das mesmas pessoas. Eu não mudei. Gosto de ser tratado com honestidade”. “Que sociedade é essa que as pessoas que tem um pouco de poder acham que podem passar com o trator por cima das outras?”

A fala passou ao diretor Andrey, que conta da sua vinda para a UnB e apresenta diversos documentos para concluir que ao longo desses anos que tem sido diretor o professor Flósculo teria agido de maneira ofensiva para com os professores da FAU, o que deixou o Conselho incomodado e decidisse tomar providências administrativas contra o professor Flósculo.

Trechos da fala de Andrey:
“O que nos incomoda é como ele se dirige à comunidade da FAU. Em 2008 professores da FAU são acusados de corruptos e mentirosos. Em 2009, há uma correspondência para a secretaria da direção da FAU em que FAU é chamada de galinheiro”. “Não é possível o Conselho de uma faculdade receber essas acusações e ficar passivo. Queremos discutir, mas não nesse nível que é baixo”. “Professores da FAU são tratados como improdutivos, relacionados a denúncias da caixa de pandora. Aqui não se trabalha, aqui não se produz. O que se produz não tem valor”. “Flósculo se refere à FAU como ‘Carandiru-FAU’.”

Buson fala que estava presente na reunião 286 e como já passou quase um ano desde o ocorrido, buscou reler o texto, e concluiu que, de fato, há acusações graves e ofensivas à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Coloca que há muita produção na faculdade. Diz ter analisado o currículo Lattes do professor Flósculo e não ter encontrado volume significativo de trabalhos relacionados à crítica, que legitimem a acusação aos colegas que não fazem esse tipo de trabalho.

Trechos da fala de Buson:
“Você critica muito, mas contribui muito pouco”. “As pessoas estão cansadas. Você se coloca de uma forma muito agressiva. O Conselho viu que não era verdade”. “Você criou um clima tão pesado em volta que as pessoas não querem mais ouvir. Isso é meu entendimento pessoal”.
Flósculo diz que somente depois de vencer o concurso nacional de revitalização da W3 se sentiu seguro para fazer críticas a Brasília. Nesse momento Rosana Clímaco chega à reunião.
Cláudia Garcia faz a memória da reunião 286, diz que foi uma reunião muito longa, muito difícil, que a decisão do Conselho foi bastante discutida e foi tomada mais pelo histórico entre a FAU e o professor Flósculo que pelo artigo em si. Cita Artigo 5° da Constituição, que garante o direito à livre expressão e o direito de resposta. Considera que deveria ter sido aberto um canal de comunicação entre o Conselho e o Professor Flósculo.

Trechos da Fala de Cláudia Garcia:
“Temos que separar as diferenças pessoais das profissionais”. “Espero criar uma espécie de pacto, para construir um caminho melhor da Faculdade”. “Sempre falo pra minha filha que tudo pode ser dito, mas há maneiras de dizer. Não soubemos lidar com a situação”.

Eu falei da importância de construir canais de diálogo e de que as idéias deveriam ser atacadas e não a pessoa.

Buson diz que sua crítica foi ao pesquisador Flósculo e não à pessoa. Reclama de que não houve busca de diálogo da parte do Fred.

Rosana Clímaco diz que reitera o que o Conselho escreveu sobre o caso, fala do direito do Conselho de se manifestar contra qualquer coisa escrita por qualquer pessoa.

Trechos da fala de Rosana Clímaco:
“O professor tem um caráter junto à faculdade de agressividade constante”. “Escreve documentos partindo do princípio que ele é descolado do corpo da faculdade, como se ele tivesse uma lente do caráter que mais ninguém tem”.

Andrey fala que o Conselho escreveu uma nota que não foi divulgada (e que vocês leram aqui no blog com exclusividade  http://bit.ly/gdv5BS). E diz que não foi no sentido pessoal.
“Foi do ponto de vista de defesa dos professores. Tem que separar o conteúdo crítico do pessoal”.

Flósculo fala que a FAU tem esqueletos no armário:
“O esqueleto no armário é sobre a FAU ter perdido o CEPLAN em 1998 [...] Não havia a possibilidade de que o reitor utilizasse o CEPLAN para fazer projetos, pois o diretor Cláudio Queiróz utilizava o CEPLAN como seu escritório particular [...] A conduta do Diretor Cláudio Queiróz fez com que o reitor da universidade tirasse da FAU o CEPLAN. Márcio, a FAU perdeu o CEPLAN. Rosana, a FAU perdeu o CEPLAN. A faculdade está sem o seu escritório [...] Isso que você tenta colocar no nível pessoal é luta política mesmo. O respeitadíssimo Geraldo Nogueira Batista quando o reitor pediu o CEPLAN não disse nada!”

Andrey: “Houve uma assembleia de professores da FAU onde foi aprovada a entrega do CEPLAN”.

Maria Cecília: “Discutimos muito e concluímos que não teria resultado um diálogo, onde só haveria ofensas pessoais”.

Fred: “Você delira minha senhora”

Reinaldo: “O mundo não é como a gente queria que fosse. O mundo é como ele é [...] A produção acadêmica do professor Flósculo é grande [...] Em um texto escrito não há porque saber o motivo do texto, há um fato. O Conselho discordou do texto. Ponto. Todos têm direito a se manifestar [...] Você Flósculo faz uma acusação de crime contra Cláudio Queiróz, isso exige provas”.

Flósculo: “Teve Polícia Federal, era pra ele ter saído preso. Geraldo Nogueira pediu que o Todorov interferisse”.

Reinaldo: “Falar mal dos outros às vezes é bom. Não se pode acusar sem provas Fred. Isso é crime”.


Em breve a segunda parte da reunião!


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Comissão de Ética da UnB e Conselho da FAU

Pra sexta-feira às 14h foi convocada uma Reunião Extraordinária do Conselho da FAU, vejam a convocação:


Circular no 02

Brasília, 17 de janeiro de 2011.


Aos Senhores Professores da FAU
Assunto: 305ª Convocação Extraordinária do Conselho da FAU


Prezados Senhores,

Convocamos os senhores para a 305ª Reunião do Conselho da FAU, a ser realizada dia 21 de janeiro de 2011 (sexta-feira), às 14h na sala da direção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo para discutir a seguinte pauta:
- Apresentação de pontos de vista do Professor Frederico Flósculo Pinheiro Barreto sobre o conteúdo da Ata 286 do Conselho da FAU.

Atenciosamente,


Prof ANDREY ROSENTHAL SCHLEE
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de Brasília

Isso é uma história um pouco longa, e talvez não termine nessa sexta. Vamos tentar resumir bastante. O Flósculo escreveu um texto para uma disciplina fictícia chamada Crítica de Urbanismo, esse texto vocês podem ler aqui http://bit.ly/fyfNHU. O Conselho da FAU não gostou do texto e escreveu isso: http://bit.ly/gdv5BS  e isso http://bit.ly/geWy68  e aqui é possível ver a tal Ata 286: http://bit.ly/e1hR5s. Esses quatro arquivos constavam como anexo na convocação da reunião.


Ao que parece o Professor Frederico Flósculo procurou a Comissão de Ética da UnB, e o encaminhamento é que uma Reunião extraordinária do Conselho deveria ser convocada, com a presença da própria Comissão de Ética e do Professor Flósculo. Vocês devem imaginar como vai ser essa reunião. O CAFAU vai acompanhar e mandar notícias.

Ata da Reunião do PPP FAU de 14/01/2011

ATA DA 1º REUNIAO – Projeto Político Pedagógico FAU UnB


Brasília
14 01 2010
A comissão de Projeto Político Pedagógico da FAU reunida em 14/01/2011 as 14h00min com os seguintes membros presentes: Professores Cláudia Garcia,  Luis Pedro de Melo , Cristiane Guinâncio, Márcio Buson, Rosana Stockler,  Ricardo Trevisan, Miguel Gally, Elane Peixoto  e Marcos Thadeu e  discentes Octávio Sousa e  Henrique Freitas e ausência justificada de Ecilamar Lima, deliberou os seguintes encaminhamentos:
1.       As reuniões acontecerão com 1/3 dos membros presentes;
2.       Leitura dos documentos anexos com o objetivo de embasar a próxima
reunião, a saber:
a.       Documentos de base para elaboração de projeto político pedagógico:
   i.
SUBSÍDIOS  PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO  PEDAGÓGICO
  ii.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA
iii.
 ELEMENTOS NORTEADORES
b.       Resoluções:
   i.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS – ARQUITETURA E URBANISMO;
  ii.
REGIMENTO GERAL DA UNB – DO REGIME DIDÁTICO – CIENTÍFICO.
c.       Discussões anteriores sobre PPP-FAU:
   i.
 O ENSINO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO NA FAU-UNB: UMA (CONTÍNUA)
CONSTRUÇÃO PELA DIVERSIDADE DE OLHARES;
  ii.
 PROPOSTA DE CRIAÇÃO DO CURSO NOTURNO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E
URBANISMO;
iii.
 PROPOSTA DE ESTRUTURA DE ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA FAU
UNB
3.       Pauta de discussão para a próxima reunião:
DISCUSSÃO DOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PPPFAU
4.       Data da 2º. Reunião:
21/01/2011 – 14h00min  (sala de reunião FAU – SAD)
5.       Data da 3º. Reunião:
28/01/2011 – 14h00min  (sala de reunião FAU – SAD)
6.       Data da 4º. Reunião:
      18/03/2011 – 14h00min  (sala de reunião FAU – SAD)
7.       Datas de referência para finalização do PPPFAU:
a.       10/06/2011 – Apresentação do documento a comunidade da FAU (antes
dessa data ocorrerão apresentações nos departamentos e áreas específicas)
b.      1/07/2011 – Encaminhamento do PPPFAU ao DEG;


Atenciosamente,
Profa. Cláudia Garcia
Presidente da Comissão

Foi criado um grupo no Google onde ficarão os documentos e as discussões da Comissão. Todo mundo pode vizualizar: https://groups.google.com/group/projeto-politico-pedagogico-fau/browse_thread/thread/9e204def0d108769?hl=pt
Já estão lá os documentos pra estudo até a próxima reunião dia 21.

Estreando o Blog

Iae galera. Agora vai ser possível acompanhar os trabalhos do CAFAU também via blog. A ideia é postar aqui tudo que possa de alguma forma ser de interesse dos alunos da FAU. Também existe a possibilidade de quem não é da gestão sugerir qualquer coisa de interesse pra postagem, basta falar com alguém do CAFAU ou entrar em contato com a gente pelo nosso email: cafau@unb.br. Abraço a todos!